A descoberta recente sobre Imunoterapia que levou ao prêmio Nobel, é a identificação das proteínas capazes de frear as defesas do sistema autoimune contra a multiplicação das células malignas. Isso levou ao surgimento dos novos tratamentos que ajudam o sistema imunológico a lutar contra o câncer e trazem esperança de sobrevida e de cura aos pacientes. As células cancerígenas secretam moléculas que enganam o sistema autoimune, e permite que elas se repliquem, porque assim ele não entende que há uma ameaça. Com a imunoterapia, o sistema imunológico é estimulado a se "reativar" e atacar as células tumorais. O novo tratamento é mais uma arma no arsenal clássico de luta contra a doença: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Com a diferença que, até agora, as células cancerígenas eram diretamente atacadas. O novo método “ensina” o corpo a combater sozinho a doença. Ele é destinado a cânceres incuráveis. E o mais surpreendente: alguns desses tumores desapareceram depois de dois anos de imunoterapia. Resultados favoráveis vêm sendo constatados no câncer da garganta, estômago, pulmão e bexiga. Outros métodos estão sendo pesquisados. Um deles consiste em retirar os glóbulos brancos do paciente e modifica-los geneticamente para que sejam capazes de destruir as células cancerígenas. A estratégia terapêutica, deu bons resultados em algumas leucemias infantis, mas não em cânceres chamados “sólidos”, como do intestino ou pulmão, por exemplo. O desenvolvimento de vacinas para atacar as células do tumor também estão em curso, mas os resultados ainda não são conhecidos.