Mais da metade do seu corpo não é humano, dizem cientistas. As células humanas constituem apenas 43% da contagem total de células do corpo. O resto são micro-organismos. Entender essa parte escondida de nós mesmos - o chamado microbioma - está transformando rapidamente a compreensão de doenças que vão desde alergias até mal de Parkinson. Eles (os micro-organismos) são essenciais para a sua saúde. Não importa o quão bem você se lavar, quase todos os cantos do seu corpo estão cobertos de criaturas microscópicas, não por acaso e sim em simbiose (dois organismos que vivem interligação com benefícios recíprocos). A maior concentração dessa vida microscópica está nas profundezas de nossos intestinos, onde há pouca presença de oxigênio. Como já falei em um vídeo completo sobre o microbioma, ele desempenha papel na digestão, regulando o sistema imunológico, protegendo-o contra doenças e produzindo vitaminas vitais. Os antibióticos e vacinas possuem conquistas incríveis em salvar vidas combatendo bactérias e vírus ruins. Mas alguns pesquisadores estão preocupados por que esse ataque constante a "vilões" causadores de doenças também trazem danos incalculáveis às nossas "boas bactérias". E não só os antibióticos, mas também a má alimentação, favorecendo o crescimento de “bactéria ruins”. O microbioma também está sendo ligado a doenças como mal de Parkinson, doença inflamatória intestinal, depressão, autismo e ao funcionamento de drogas contra câncer. A obesidade é outro exemplo, sabe-se hoje que a microbiota do obeso é completamente diferente da do magro. O histórico familiar e as escolhas de estilo de vida desempenham claramente um papel nesse aspecto. De forma que o transplante de microbioma de uma pessoa magra para um obeso, pode fazê-la perder peso, já comprovado cientificamente. Esta é a grande esperança neste campo de pesquisa, de que os micróbios possam ser uma nova forma de medicamento, em vários campos.