Todos os seres vivos, incluindo pequenos fungos e bactérias, têm um ciclo circadiano: processo biológico que leva cerca de 24 horas e marca o ritmo da nossa existência. Este ciclo é determinante nas produções hormonais e estes são quem regem todas as funções biológicas. Você tem um relógio principal. Ele fica no hipotálamo, localizado no cérebro e, como um condutor, envia sinais reguladores para todo o corpo em diferentes momentos do dia. Mas você também tem relógios periféricos. Todos os órgãos e tecidos corporais têm relógios extras, que são sincronizados pelo relógio mestre em seu cérebro. Cada célula do seu corpo tem a capacidade de gerar oscilações de 24 horas, e no inverno, à medida que as noites ficam mais longas e o sono aumenta, o cérebro libera mais melatonina. Acredita-se que os seres humanos produzam mais anticorpos no inverno para combater doenças. Se você passar o tempo todo no escuro ou no claro, seu relógio biológico fica fora de sintonia com o relógio de 24 horas. Pessoas que trabalham à noite tem sérios prejuízos na saúde. Já ouviu falar em jet lag? Aquela sensação de cansaço profundo, irritabilidade e mal-estar: é quando o relógio principal do seu corpo está "marcando" uma hora e outras partes do seu organismo, como fígado, intestino e músculos, estão em horários ligeiramente diferentes. O corpo leva cerca de um dia para se adaptar a cada hora de diferença de fuso horário. Jet lag social: Quem trabalha em turnos noturnos ou apresenta um descompasso entre seu relógio biológico e sua vida social. É a diferença entre o horário em que o corpo deseja acordar e a hora em que o despertador toca. Estudos sugerem uma correlação entre essa condição e um aumento do risco de depressão, obesidade, doenças cardíacas, diabetes e câncer. E porque os adolescentes geralmente dormem até tarde? O aumento acentuado dos hormônios durante a puberdade deve atrasar o relógio em até duas horas. Pedir a um adolescente que se levante às 7h é o mesmo que pedir a um homem de 50 anos para acordar às 4h. Mais tarde, voltamos aos padrões de sono e vigília que tínhamos antes da puberdade.