Na América do sul, África e Ásia a intolerância à lactose afeta em torno de 60% da população, podendo chegar a 100% em alguns países asiáticos. Um estudo sueco analisou a incidência de câncer de pulmão, mama e ovário entre indivíduos com intolerância à lactose. Pelo fato de que estes não tomam leite ou derivados e podem ser comparados aos que tomam. Em um total de 22.788 indivíduos identificados como intolerantes à lactose, por deixarem de consumir leite de vaca e outros produtos lácteos, os riscos de câncer foram menores e estatisticamente significantes: pulmão 45% menor risco, mama 21% menor risco e ovário 39% menor risco. Leites e outros produtos lácteos contém além da lactose, proteínas e alguns fatores de crescimento, como o Fator de Crescimento Semelhante à Insulina I (IGF-I) próprios da vaca/bezerro e aí encontra-se o problema, não são reconhecidos pelo organismo humano e isto gera o grande problema de saúde, “inflamação”. IGF-I da vaca - não bioidêntico, pode promover o crescimento tumoral por inibir a apoptose (morte da célula defeituosa), aumentar a proliferação celular, e promover a neoangiogênese (formação de novos vasos sanguíneos para nutrir o tumor). O Leite, um produto de uma glândula mamária secretora, é necessário para o crescimento apropriado e desenvolvimento do mamífero recém-nascido daquela espécie. Esta via de sinalização é altamente conservada e finamente controlada pelo genoma da lactação. O consumo e o abuso persistente de um nutriente de desenvolvimento não próprio, como o Bos taurus, uma espécie cuja taxa de crescimento inicial é quatro vezes maior que a dos seres humanos, é, portanto, um importante fator patogênico, promovendo as doenças epidêmicas da civilização. Recomendo os leites vegetais, como o leite de arroz, aveia, amêndoas e côco.