“Remédios remediam um problema, a maioria trata sintomas e não cura a doença, alguns só lhe trarão problemas graves com o uso prolongado.” Rodolfo Ferrari. Um dos medicamentos mais famosos para o tratamento de úlceras, gastrite, refluxo e outros problemas gástricos, o omeprazol, pode até ser eficiente para eliminar estes problemas estomacais, mas, por outro lado, está associado ao surgimento de outra doença bem mais grave: o câncer de estômago. Isso é o que descobriram os pesquisadores das universidades de Hong Kong, na China, e da College London, na Inglaterra. O estudo conjunto concluiu que o uso do omeprazol e outras substâncias da mesma classe – conhecida como IBP (inibidores da bomba de prótons) –, como pantoprazol e lansoprazol, podem aumentar significativamente o risco de desenvolvimento do tumor. A probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer de estômago aumenta cinco vezes após um ano de uso contínuo de medicamentos IBP. Se o tempo de uso deste tipo de substância for elevado para três anos ou mais, o risco é oito vezes maior. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2003 e 2012, com 63 mil voluntários adultos, dos quais 3271 tomaram medicamentos como o omeprazol. Destes, 153 desenvolveram câncer no estômago e inflamação estomacal em longo prazo – considerando o uso contínuo da substância. “Não só a diferença entre remédio e veneno está na dose, e sim, no tempo de uso.” Além disso, o medicamento é inibidor da absorção de ferro e magnésio pelo organismo e a falta desses minerais pode levar a quadros de pneumonia. O uso contínuo leva a falta de vitamina B12 no organismo, o que pode acarretar problemas neurológicos graves, como demência, e a deficiência de minerais pode causar osteoporose e anemia. Por ser um medicamento bastante comum, as pessoas muitas vezes fazem automedicação ignorando seus efeitos colaterais, portanto, só faça o uso de todo e qualquer medicamento mediante recomendação médica. Para correção de acidez estomacal, eu indico uma colher de aloe vera em jejum.